No Ringue: Instagram Reels e Tik Tok Estamos perdendo a criatividade?

No Ringue: Reels e Tik Tok Estamos perdendo a criatividade?

O cinema sempre foi um campo infindável de ideias e assuntos dos mais diversos. Do início do século passado até grande parte dos anos 90, os roteiros apresentavam várias histórias interessantes e originais com personagens memoráveis e carismáticos

Infelizmente nos anos 2000 uma série de refilmagens começou a dar lugar a criação de novas histórias e com isso um pouco do nosso senso de contar novos contos foi deixada de lado. 

Eu contei essa historinha para fazer um paralelo sobre a falta de criatividade dos tempos atuais. Mais especificamente nas redes sociais. 

Assim como no cinema, a rede social é o campo onde qualquer um pode contar a sua história. Nela expomos o nosso personagem principal, nós mesmos. Por intermédio de vídeos, stories animados, fotos, carrosséis e textos cada um é compelido a contar um pouco mais sobre o seu personagem. 

Mas essa porta aberta que deveria ser algo para exercermos a criatividade e temas diversos acaba em sua maioria com abordagens diretas e rasas. Sem um mínimo de cuidado em contar algo mais do que o assunto proposto. 

E isso é extremamente ruim, sabe o por quê?

Por que a criatividade vai morrendo aos poucos e dando lugar a conteúdos chatos e supérfluos que tendem a entreter de forma imediata mais do que informar em si. O problema disso é que os novos produtos criados são baseados nesse consumo fútil de informação. Aqui representados pelo Tik Tok e o Reels do Instagram

O Tik Tok nasceu como uma forma de entretenimento instantâneo de vídeos rápidos sobre assuntos irrelevantes em sua maioria. Foi algo criado somente para nos fazer rir um pouco das mazelas da nossa existência diária. E em tempos de pandemia o resultado foi um sucesso estrondoso!

E como o sucesso alheio preocupa muita gente eis que o Instagram, a rede social que mais cresce no mundo em número de usuários, lança o Reels. Reels nada mais é que uma ferramenta de vídeos similar ao Tik Tok que vem aumentar a competição no setor. 

Aí que meu paralelo com o cinema faz mais sentido ainda. Será que realmente é necessária mais uma ferramenta que faz a mesma coisa? Será que não daria para pensar em algo diferente que pudesse abarcar a ideia do Tik Tok mas ainda assim inovar em algum sentido? Onde está a criatividade dos desenvolvedores? Vamos ficar reeditando filmes como no cinema sem propor algo diferenciado?

Saiba que você faz parte disso e tem o poder de influenciar na criação de um futuro promissor. Crie conteúdos interessantes, que sirvam para um propósito que não somente o de gerar comentários supérfluos. Saia da “bolha” de assuntos batidos e faça algo diferente. Pense em uma abordagem diferente. Só assim daremos “start” na criação de uma cultura em que o valor agregado é mais importante do que o entretenimento instantâneo. 

Mas nem tudo são lágrimas!!!

Há uma infinidade de perfis no Instagram, Facebook e outras redes que tem uma postura bem mais ativa. Criam conteúdos interessantes e informativos ao mesmo tempo. São os novos Christophers Nolans* do cinema moderno. Imbuídos de um senso criativo grande e com capacidade de criar ambientes extremamente produtivos e vivos. 

Bora inovar?

*Nota: Diretor da trilogia Batman Begins, Dark Knight e The Dark Knight Rises além de inúmeros outros. É cotado como o novo Spielberg por seu caráter inovador e histórias envolventes

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2 comentários

  1. Falta de criatividade é o que vemos nos vídeos destas redes. Incrível a incapacidade do ser humano de gerar algo novo. Alguém faz um vídeo, viraliza e pronto. Todo mundo começa a seguir a mesma onda e copia o vídeo. Sim, o que temos é a cópia da cópia da cópia. Nada original. Até mesmo as músicas são as mesmas – cansado de “oh no oh no oh no no no no no”. Enfim, uma pena! Quem perde é a humanidade

    1. Pois é! A pressa e a falta de criatividade são endêmicas. Mas não é surpresa pois, com o passar das gerações, a fome de informações rápidas é tamanha que não há como filtrar ou produzir conteúdo de boa qualidade na mesma velocidade que são consumidas. O resultado disso é uma interação cada vez mais superficial e momentânea 🙁

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